Aqui voces encontrarão muitas figuras construídas em Fireworks, Flash MX, Swift 3D e outros aplicativos. Encontrarão, também, muitas crônicas de jornais diários, como as do Veríssimo, Martha Medeiros, Paulo Coelho, e de revistas semanais, como as da Veja, Isto É e Época. Espero que ele seja útil a você de alguma maneira, pois esta é uma das razões fundamentais dele existir.
quarta-feira, 4 de agosto de 2010
04 de agosto de 2010 |
N° 16417 - PAULO SANT’ANA
O mendigo da Ipiranga
O colega aqui de ZH Léo Gerchmann entrou na minha sala e de mãos juntas me implorou: “Sant’Ana, pelo amor de Deus, salva o nosso Grêmio!”.
Eu respondi: “De que jeito? É mais fácil eu continuar aqui na minha coluna tentando salvar a humanidade”.
O coronel Riccardi Guimarães me ameaça todos os dias de me presentear com o filme Cinema Paradiso:
– Eu te dou o filme e tu vês em casa.
Respondo sempre:
– Não. Em casa faz 32 anos que só vejo filme de terror.
Tem um mendigo aqui na esquina da Ipiranga que não aceita esmola de menos de R$ 1, acreditem se quiserem: mendigo com preço mínimo tabelado pelo Procon.
Como já sei disso, sempre que passo por ali estendo-lhe uma moeda de R$ 0,50, que ele me devolve energicamente.
Isso me acontece todos os dias úteis, daí que assim descobri a fórmula de passar sempre isento por aquele pedágio.
O doceiro da esquina da Miguel Tostes com a Cabral faz doces de Pelotas deliciosíssimos.
Ele serviu para nós, cortado em quatro partes, o seu quindim de amostra. É dos deuses.
Conversa vai, conversa vem, perguntamos se ele fazia papo de anjo.
Ele disse que não faz porque não gosta de papo de anjo.
E arrematou:
– Eu só vendo aquilo que como.
Pablo aproveitou a deixa:
– Eis aí um homem que nunca venderia a própria mulher.
Minha dentista é a doutora Marisa Motta Martins.
Ontem passei sentado três horas em sua cadeira: nenhuma dor, absolutamente nenhuma, mas foi terror de Afeganistão.
Diálogo entre mim e um taxista, ontem:
Taxista: – Onde vou lhe deixar?
Eu: – Em qualquer lugar que o senhor queira.
Taxista: – Está bem, mas o senhor escolhe o trajeto.
Eu: – Não, o senhor escolhe. Porque sabe melhor que eu onde há engarrafamento.
Diálogo entre mim e um taxista, anteontem:
Taxista: – Onde o senhor quer ficar?
Eu: – Leve-me a qualquer lugar tranquilo.
O taxista não teve dúvidas e me deixou no Beira-Rio.
Fumo para driblar o tédio.
Qual o tamanho do meu tédio?
Três maços de cigarros por dia.
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