28 de novembro de 2011 | N° 16900
PAULO SANT’ANA | NELSON SIROTSKY* - INTERINO
Carta a Pablo
Querido amigo.
Estamos completando, juntos, 40 anos de RBS. Por isso, tomo a liberdade de cometer o sacrilégio de ocupar o teu espaço sem aviso prévio (no bom sentido, é claro).
São quatro décadas de trabalho, identificação e amizade.
Neste período, que representa boa parte de nossas vidas, compartilhamos alegrias e decepções, vitórias e derrotas, e também uma infinidade de momentos que nos tornaram mais maduros e mais resistentes.
Pois, para solidificar ainda mais esta camaradagem forjada pelo tempo, encomendamos ao artista plástico Gustavo Nakle uma escultura que te representasse, e com a qual te homenagearemos na noite de hoje. Ele sintetizou em bronze, numa mistura de Mosqueteiro e Dom Quixote, o Paulo Sant’Ana de múltiplas polaridades que todos admiramos.
O guerreiro, que batalhou pela sobrevivência na infância e na juventude, e se tornou imbatível no exercício de seu ofício.
O irreverente, que vestiu a armadura da criatividade para fazer a diferença na vida profissional.
O torcedor vibrante, ensandecido de paixão pelo seu Grêmio, que leva no peito e na alma para onde der e vier.
O comentarista polêmico, o colunista preciso, o jornalista ético, o comunicador de todos os gaúchos.
Dom Pablo Sant’Ana de La Mancha.
O cavaleiro da inconfundível figura, o rosto mais conhecido e um dos cérebros mais admirados do Rio Grande.
Mosqueteiro sem rei, jamais recusaste luta em defesa do teu público e do estandarte que sempre carregaste com orgulho. O estandarte da RBS.
Esta escultura de bronze, amigo Sant’Ana, é um acerto eterno.
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