sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Jaime ciimenti

Viva a democrática, livre e rebelde barba!

Perdoem-me os imberbes, barbeados e escanhoados, mas barba é fundamental, é moda, ou, como se diz hoje, “tendência”. Há milênios barbas entram e saem da moda. Aristocratas, ricos, pobres, anônimos e famosos, letrados e iletrados, todos podem usar os democráticos pêlos.

A barba é pop e nobre. Fidel Castro disse que, economizando os dez ou quinze minutos diários para fazer barba, em 60 ou 70 anos o cara ganha um tempão e gasta menos com lâminas e com espuma. Pode ser, mas melhor não economizar na água e no shampoo.

Brad Pitt, Bradley Cooper, George Clooney, David Beckham e Gerard Piquê estão aí, desde a festa do Oscar, dentro do lema: faça amor, não faça a barba. Os brasileiros Thiago Lacerda e Caio Castro estão dentro da tendência. Uns dizem que barba é desleixo, rebeldia, tipo Che Guevara ou Karl Marx. Outros lembram dos intelectuais gregos,  dos romanos, dos ricos e nobres e associam os pêlos no rosto a poder, masculinidade etc.

 Hoje em dia, a moçada que usa barba parece ligada em masculinidade, virilidade, cara de homem, por aí. Quando o sujeito fica mais velho, aí a barba bota aqueles dez anos a mais no rosto e aí muitos barbeiam-se todo dia. Em vez de ficarem com cara de velho barbudo, alguns ficam com cara de velha escanhoada, mas isso é outra história. Bigodes estão um pouco out, assim como os negócios a fio de bigode, mas, dependendo do feitio do rosto e do estilo, por que não? Cavanhaque lembra mágico e “meio-termo”, mas dá uma afinada nos rostos redondinhos. Usar barba e ser barbudo não é o mesmo.

Usar produtos de beleza, aparar e cuidar do visual da barba é um carinho para elas. Pensando bem, os imberbes e escanhoados nem precisam me perdoar. Barba é liberdade, democracia, rebeldia, nobreza e o que você quiser. Quem não sabe que hoje em dia o negócio não é andar na moda mas ser a moda, ser você mesmo, com ou sem barba, com cara de velho ou guri. Agora, o fim do ano está chegando e vamos combinar: Papai Noel sem barba é meio complicado, não?

Mesmo com aquele barbão todo ficam falando umas coisas do velhinho, imagina sem. Deixa ele assim. E vamos nós todos, seguindo pela vida, com cautela e canja de galinha, com as barbas de molho, como se dizia nos tempos do barbão simpático do Dom Pedro II. A barba aparadinha e recortadinha do Dr. Freud, que parece um advogado de filme do sueco Ingmar Bergman, essa deixo que ele mesmo explique. Ele gosta de explicar.

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