quinta-feira, 21 de março de 2013



21 de março de 2013 | N° 17378
PAULO SANT’ANA

Emílio Santiago

O Ricardo Chaves, inquilino da página anterior à minha em ZH, veio me perguntar anteontem sobre a página que publicou ontem, em que elegeu o cantor Gasolina como seu personagem.

O Kadão queria subsídios sobre o Gasolina. Dei-lhe-os.

O Gasolina, um gaúcho pretinho simpático de sorriso aberto, fez sucesso nacional em filmes e emissoras de rádio na década de 50, depois de ter sido varredor na Rádio Gaúcha.

Foi então que o Kadão me perguntou se o Gasolina já tinha morrido, ele queria anotar esse detalhe em sua página.

E eu respondi: “Mas é claro que o Gasolina já morreu. Eu, que sou eu, já morri, imagina o Gasolina...”.

Quando tive o câncer na rinofaringe há dois anos, fui submetido a 35 sessões de radioterapia no Mãe de Deus (que saudade da equipe que me atendeu lá durante aquele período preocupante).

A radioterapia me tirou a saliva, o paladar e o apetite e isso fez com que eu emagrecesse 24 quilos.

Então, as pessoas me encontram na rua e dizem que estou esbelto, magro, elegante. E me perguntam como devem fazer para ficarem elegantes e magros assim.

E eu lhes respondo rapidamente: “Peguem um câncer!”.

Faleceu agora no Rio de Janeiro o maior cantor brasileiro. Emílio Santiago era grande sambista, grande jazista de estilo inconfundível, tinha uma bossa e uma voz incomparáveis.

Quando, ontem, soube de sua morte, senti-me órfão de seu talento. Vou tentar me consolar e para isso já mandei comprar todos os seus discos.

Que saudade, Emílio.

Estamos acompanhando aqui em Zero Hora com interesse e atenção o tratamento de saúde do nosso colega David Coimbra.

O que posso dizer é que torcemos avidamente para que o David saia íntegro desse impasse e volte inteirinho novamente para seus leitores e para nós.

Tenho experiência com esse tipo de doença e digo ao David que o maior fator de sucesso para dar a volta por cima é a pertinácia, a insistência em curar-se e voltar à vida normal, e a observação de todas as prescrições médicas.

Mas é absolutamente inequívoco que cedo, logo em seguida, o David voltará a trabalhar.

No lançamento do site de venda de vinhos do Vanderlei Luxemburgo, encontrei-me com ele e o treinador Dunga, numa roda.

Foi então que desafiei Dunga na frente do Luxemburgo: “Agora, na Taça Farroupilha, segundo turno do Gauchão, tu vais ver a força do carvão de pedra: o Luxemburgo vai escalar titulares e não reservas contra o Inter, acabou a tua moleza”.

E o Dunga respondeu: “Mas nós vamos jogar com 11 homens”.

Dunga se referia ao Gre-Nal em que o Inter jogou apenas com nove homens durante quase todo o segundo tempo, e o Grêmio, mesmo assim, empatou em 0 a 0.

Dunga nocauteou a mim e ao Luxemburgo de corpos presentes.

Jorge Polydoro, presidente do Grupo Amanhã, mandou-me ontem comunicar oficialmente que fui agraciado pelo 23º ano consecutivo como o colunista de jornal mais lembrado no RS.

A entrega das láureas será na noite do próximo dia 13 de maio.

Este reconhecimento da Revista Amanhã, pela seriedade da pesquisa popular, é o meu maior orgulho profissional.

Vinte e três anos seguidos e encarreirados! Graças a Deus.

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