quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022


24 DE FEVEREIRO DE 2022
+ ECONOMIA

Aos 120 anos, R$ 13,9 bilhões de lucro só em 12 meses

Depois do festival de bilhões ao longo de 2021, o fechamento não poderia ser diferente: o lucro da Gerdau de R$ 3,4 bilhões no quarto trimestre confirmou o melhor resultado da história no período em que completou 120 anos. Em 2021, fechou com recorde de Ebitda (geração de caixa) ajustado de R$ 23,2 bilhões e maior lucro líquido ajustado de sua a história, de R$ 13,9 bilhões. Isso permitiu distribuir dividendos de R$ 5,4 bilhões - mais do que a soma dos últimos 10 anos - e elevar os investimentos previstos para este ano a R$ 4,5 bilhões, 50% acima de 2021.

- A Gerdau registrou, em 2021, o melhor resultado de sua história centenária. Se somados os três anos anteriores, de 2018, 2019 e 2020, não alcançamos o Ebitda de 2021 - afirmou o CEO da Gerdau, Gustavo Werneck.

Conforme o executivo, os resultados da América do Norte seguirão permitindo bom desempenho neste ano. - O consumo de aços especiais (mais usados na indústria automobilística) foi sustentado por fabricantes de autopeças que destinaram ao mercado de exportação - detalhou.

Outra expectativa de demanda vem do que Werneck chamou de "investimentos em infraestrutura destravados", com R$ 165 bilhões em aplicações em projetos estimados pelo Ministério da Infraestrutura.

- O aço não vai contribuir neste ano para o aumento da inflação no Brasil. Não teremos um ano como 2021, com números históricos, mas ficaremos distantes dos anos anteriores, que tiveram margens mais baixas - afirmou, projetando estabilidade para os preços, que dispararam ao longo dos dois últimos anos.

O plano de investimentos, afirmou o executivo, ainda reflete uma "postura austera", com iniciativas focadas em melhoria da competitividade, modernização tecnológica e crescimento dos negócios.

- O investimento não vai crescer de forma a impactar o balanço. A maior parte é destinada à atualização dos equipamentos da nossa maior usina, de Ouro Branco (na cidade de mesmo nome em Minas Gerais), que é a única integrada. Os equipamentos têm vida útil de 20 a 25 anos que precisam ser substituídos ou modernizados. A austeridade tem sido marca dessa gestão, mas também é momento de olhar com bastante atenção o crescimento de outras áreas no Brasil. Investir em expansão no Brasil agora é até difícil, por problemas de mão de obra e fornecedor.

Entre os "novos negócios", Werneck mencionou a possibilidade de um laminador para produção de trilhos ferroviários, mas disse que a demanda anual mínima seria de 400 mil toneladas, enquanto o consumo no Brasil hoje está ao redor de 250 mil toneladas/ano.

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