terça-feira, 4 de março de 2025


04 de Março de 2025
GPS DA ECONOMIA

Exportações gaúchas para a Argentina em alta

Os argentinos invadiram o Litoral neste início de ano e, no sentido contrário, os produtos gaúchos passaram a ocupar uma fatia mais relevante no mercado de lá.

As exportações do Rio Grande do Sul para a Argentina aumentaram 63% em janeiro deste ano em comparação com o mesmo mês do ano passado.

Os embarques, em valores totais, foram de US$ 56,8 milhões para US$ 92,5 milhões, conforme o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic). A alta gaúcha é um pouco acima da média nacional: as empresas argentinas compraram 58% a mais das brasileiras no período.

Segundo o economista-chefe da Federação das Indústrias do Estado (Fiergs), Giovani Baggio, há efeito da melhora da economia da Argentina e do câmbio. Quando o peso argentino ganha força contra o real, os produtos brasileiros ficam mais acessíveis no mercado do vizinho sul-americano.

- O movimento de queda de inflação e juro e maior confiança de consumidores e investidores está chegando à atividade econômica, o que faz com que as empresas tenham de produzir mais, criando maior demanda por produtos gaúchos - diz ele.

Setores que puxam o aumento

Os itens que puxam o aumento de envios são dos setores automotivo e agrícola. Os embarques de partes e acessórios de veículos lideram, com US$ 15 milhões em valores totais, alta de 59% ante janeiro de 2024.

As exportações de máquinas agrícolas (com exceção de tratores) e suas partes tiveram crescimento ainda maior: de US$ 30,9 mil para US$ 7,4 milhões, incremento de 23.785%. Baggio afirma que a Argentina teve uma boa safra, o que ajuda a explicar a alta.

O economista lembra, contudo, que a base de comparação é baixa. Desde 2022, a Argentina perde força como parceira comercial do Rio Grande do Sul, ainda que siga entre as três principais. E, apesar da alta de janeiro, China e Estados Unidos continuam recebendo mais produtos gaúchos do que a Argentina. _

Ânimo com cautela no Litoral Sul

Municípios do Litoral Sul estão buscando agenda no Ministério de Minas e Energia, em Brasília, para esclarecer os possíveis impactos econômicos da procura por petróleo na Bacia de Pelotas.

A expectativa sobre as potenciais acumulações de petróleo é grande em cidades que ficam na costa gaúcha, como Rio Grande e Santa Vitória do Palmar, ou nem tão litorâneas, como Pelotas. No entanto, as administrações municipais observam que ainda é cedo para estimar efeitos.

- É um processo longo. Se der certo, todos os municípios serão beneficiados - diz a prefeita de Rio Grande, Darlene Pereira, que afirma ter encaminhado documento à Petrobras para oferecer o município como base logística para exploração na área.

Essa é também a intenção do prefeito de Pelotas, Fernando Marroni. O prefeito de Santa Vitória do Palmar, André Selayaran, aponta que a Metade Sul "ganha esperança para melhorar infraestrutura, saúde, educação, emprego e renda". _

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