
Leite é cobrado a se apresentar como opção para o Planalto
Em meio ao impasse causado no centro pela candidatura do senador Flávio Bolsonaro (PL) a presidente, renasceu entre adeptos da social- democracia um movimento para colocar o governador Eduardo Leite (PSD) no jogo. Nesse grupo estão pessoas ligadas ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, líderes do movimento Derrubando Muros, empresários e até integrantes do PSD que não querem ficar sem alternativa se o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) não for candidato.
No início da semana, quando esteve no Rio de Janeiro para uma palestra na Casa das Garças, a convite do Instituto de Estudos de Política Econômica, Leite foi instado a se apresentar como concorrente, para ocupar o vazio deixado pela falta de um nome sem ligação com o lulismo e o bolsonarismo. Na plateia, estavam figuras como Pérsio Arida, Armínio Fraga, Pedro Malan, Gustavo Franco, Edemar Bacha, Paulo Hartung e Elena Landau.
Depois do debate sobre desenvolvimento, Leite foi jantar na casa de Bacha com Hartung, Malan e o ex-secretário da Fazenda Aod Cunha.
Arida foi o primeiro a se manifestar. Disse que Leite era o candidato que a maioria dos presentes queria ver viabilizado. Ex-governador do Espírito Santo e hoje companheiro de partido de Leite, Hartung foi um dos mais enfáticos, dizendo que o gaúcho não pode se encolher.
O governador disse que sempre esteve à disposição do PSD, mas conhece a posição de Gilberto Kassab, que ainda tem esperança de ver Tarcísio candidato. Kassab também já disse que, se Tarcísio não concorrer a presidente, a segunda cartada é o governador do Paraná, Ratinho Júnior. Leite seria a terceira opção.
"Opção moderna"
Em outra frente, o deputado Roberto Freire (Cidadania-PE) tem usado as redes sociais para defender a candidatura de Leite como "uma opção moderna para o Brasil do século 21".
- Quando Kassab convidou o Cidadania para formar uma federação com o PSD, eu disse a ele que nossa única condição seria ter Eduardo Leite como candidato a presidente - contou Freire à coluna. _
Continuidade, a palavra-chave que transformou Medellín, na Colômbia
Acostumado a ciceronear comitivas de prefeitos brasileiros que vão a Medellín, na Colômbia, em busca de receita para a transformação de cidades, o cientista político Jean Tromme magnetizou a plateia do Granpal Summit, na sexta-feira, em Porto Alegre. Belga de nascimento, ele acompanhou a transformação de Medellín, de cidade mais violenta do mundo a exemplo de inovação urbana e social em três décadas.
Ao Gaúcha Atualidade, Jean disse que não há fórmula mágica, mas um trabalho contínuo que não sofre interrupção com as trocas de governo - lá não existe reeleição, mas o prefeito eleito não ousa mexer no que está dando certo.
- Para nós, os recursos públicos são sagrados. Cada centavo tem de ser investido na população. Não toleramos a corrupção - disse o cientista político, que é também administrador.
Em outro momento, explicou que as autoridades de Medellín foram buscar iniciativas bem-sucedidas em outros países e adaptaram-nas à realidade de uma cidade montanhosa, que não tem praia e afugentava turistas pela violência:
- Pegamos os bondinhos das estações de esqui e tropicalizamos para atender às necessidades de mobilidade das pessoas. Pusemos escadas rolantes ao ar livre para facilitar o deslocamento de quem vive nas periferias. Investimentos em educação, cultura e esporte, para capturar os jovens e fomentar a inovação. Não foi uma coisa isolada. _
Em Porto Alegre, Nikolas pede apoio dos empresários à direita
Convidado pela Fecomércio para uma palestra-almoço sobre comunicação na sexta-feira, o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) começou dizendo que evitaria falar de política, mas acabou fazendo um apelo aos empresários gaúchos para que apoiem as candidaturas da direita em 2026.
Nikolas afirmou que o Brasil "está em uma guerra" e por isso sugere que os empresários façam "sacrifícios":
- Óbvio que vão te perseguir (se doar dinheiro para campanha). Você não entendeu que estamos numa guerra? Ou você quer ir para uma guerra sem sacrifício? Quem disse que você veio a este mundo para ser feliz? _
Mais uma derrota para a coleção de Eduardo Bolsonaro
Se pensasse com o cérebro, e não com o fígado, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) não estaria acumulando derrotas em seu sonho americano às avessas. Nos nove meses em que está nos EUA, Eduardo gestou fracasso atrás de fracasso. Mitômano, achou que o presidente da maior economia do mundo daria mais atenção às fantasias dele do que aos interesses dos americanos. Comemorou cedo demais o resultado de suas conspirações contra o Brasil e deu com os burros n?água.
A coleção de fracassos começou quando Trump disse na ONU que teve "uma química excelente" com Lula. Depois veio o encontro na Malásia, a revogação de parte das tarifas e, por fim, a exclusão de Alexandre de Moraes da Lei Magnitsky.
Como queimou as pontes, Eduardo agora não tem como voltar para o Brasil. Por excesso de faltas, vai perder o mandato. Não se sabe como vai se sustentar em solo americano. E ainda perdeu para o irmão mais velho a condição de candidato preferencial da família Bolsonaro.
Bônus garantido
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidiu que juízes e juízas federais têm o direito de receber gratificação extra mesmo quando estiverem em licença-maternidade, paternidade ou por adoção. A Gratificação por Exercício Cumulativo de Jurisdição é paga aos magistrados que acumulam trabalho ou lidam com grande volume de processos. Até então, o pagamento ficava suspenso durante as licenças. _
A nova diretoria da Associação dos Procuradores do Estado (Apergs) tomará posse para o biênio 2026-2027 em solenidade na segunda-feira. A entidade será presidida pela procuradora Patricia Bernardi Dall?Acqua.
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