08
de junho de 2013 | N° 17456
PAULO
SANTANA
Dia 13 de
junho
Na
próxima quinta-feira, transcorre o Dia de Santo Antônio, o santo casamenteiro,
um santo de grande proximidade com os dramas humanos.
Na
paróquia de Santo Antônio, no Partenon, é impressionante, haverá missas das 7h
às 20h, de hora em hora, serão 14 missas em um só dia, 13 de junho, dois dias
antes do meu aniversário.
Além
disso, haverá nesse dia três grandes procissões, sendo a última, pela noite,
luminosa, da qual participam sempre de 70 mil a 80 mil pessoas.
Nesse
dia de festa e gala espiritual, serão distribuídos gratuitamente entre os fiéis
cerca de 250 mil pães, aqueles pãezinhos gostosos e tradicionais não sei por
quem fabricados mas que são abençoados por Santo Antônio.
São
250 mil pães, parecem multiplicados como Cristo os multiplicou na passagem
bíblica.
Quando
era rapazote, eu aproveitava e ficava com uns três ou quatro pãezinhos da
paróquia e juntava a eles manteiga e salame italiano, que eu levava de casa num
farnel, que por sinal ainda guardo, embora amarfanhado.
E
devorava meus quatro sanduíches acompanhando a procissão pelas ruas do bairro
Partenon, onde me criei.
O
pároco da Igreja de Santo Antônio, frei Luiz Sebastião Turra, não cabe em si de
alegria com a aproximação dos festejos.
A
tradicional paróquia da Rua Luiz de Camões, com essa festa, acho até que bate a
festa que deveria ser a mais popular, a de São Jorge, por sinal, também no
bairro Partenon.
Por
sinal, fui sacristão na Capela Sagrado Coração de Jesus, no Partenon, Rua
Guedes da Luz, que foi extinta e deu lugar à Igreja de São Jorge, até hoje
situada na Avenida Bento Gonçalves, esquina da Aparício Borges.
Ali
ao lado da Igreja de São Jorge, vivi durante uns 10 anos as festas com tendas
de jogos e de alimentos, com música de alto-falante, festas estas que formaram
algumas das minhas melhores alegrias de toda a vida.
As
músicas eram precedidas de dedicatórias pelo locutor da festa. Exemplo: “Alô,
alô, um rapaz de calça bege e camisa marrom, uma senhorita de saia azul
plissada lhe dedica por Nélson Gonçalves a música Pensando em ti.
Foi
pela minha educação católica que passei a acreditar em Deus e ser devoto da
Virgem Maria.
Depois
de adulto, desenvolvi raciocínios teológicos, mas a base foi sempre minha educação.
Um
pensamento teológico que me atrai muito é o de que “se Deus não existisse, tudo
seria permitido”. Esse pensamento comprova que Deus, Cristo ou qualquer
religião são freios à conduta humana, isto é, pautam nossas ações, que devem
ser dirigidas para o bem e jamais devem roçar o caminho do mal.
Voltando
aos 250 mil pãezinhos que serão distribuídos na Paróquia de Santo Antônio no
dia 13 de junho, fico a cismar de quantos padeiros serão utilizados para fazer
tanto pão. Nem em toda a cidade de Porto Alegre se comerá no consumo comum e
diário, todo reunido, tanto pão como nessa procissão.
Os
pães, por sinal, são filhos legítimos dos trigos, dizia o meu poeta Augusto dos
Anjos.
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