11 de dezembro de 2011 | N° 16914
PAULO SANT’ANA
Felicidade me rondando
Há alguns sinais no horizonte de que a felicidade anda à minha espreita depois de tantos anos de obscuridade.
Um fato milagroso é apenas um detalhe desses augúrios: como por um milagre, depois de ter emagrecido 14 quilos durante meu tratamento radioterápico, meu pâncreas voltou a funcionar e chega a ser prodigioso que há cinco dias eu não tenha injetado sob a minha pele sequer uma gota de insulina, ao contrário dos últimos 14 anos, quando fui insulinodependente inveterado.
Se se confirmar esse fato espantoso, eu teria como por um milagre me curado do diabetes.
Em outras palavras, o meu câncer teria curado o meu diabetes. Se eu vier a me curar do câncer, terei driblado espetacularmente dois males graves, fato que não acontece todos os dias nem com qualquer um.
O que aconteceu foi que meu emagrecimento proporcionou a revitalização de meu pâncreas, o que confirma a tese de que o maior aliado do diabetes é a obesidade.
Estou meio estupefato com a sucessão desses fatos se derrubando sobre minha pessoa.
Estou seguramente informado de que o governo estadual fez, na sexta-feira, uma proposta a Wilson Muller, presidente da Associação dos Delegados de Polícia: reajuste de 80% a 100% dos vencimentos da categoria em cinco anos.
Não se sabe ainda quanto de reajuste a cada ano.
A proposta, vista assim por mim, à distância, é irrecusável por parte dos delegados.
O governo Tarso Genro reconhece, assim, o sacrifício salarial dos delegados. Tem sido declarado por diversos setores do funcionalismo, inclusive pelo Judiciário e Ministério Público, que é injustificável que um delegado de polícia perceba metade do que recebe uma defensora pública em início de carreira e metade também do que percebem os procuradores.
Se for confirmada e aceita essa proposta, que dependerá de exame da assembleia geral dos delegados, os oficiais de nível superior da Brigada Militar serão equiparados mais uma vez, como historicamente sempre o foram, aos delegados de polícia.
Desde o início das negociações, o governo Tarso Genro teve bem claro que qualquer reajuste aos delegados seria estendido aos oficiais de nível superior da BM, de capitães até coronéis.
Há indícios de que as duas categorias se convenceram de que têm de lutar juntas pelo reajuste, deixando de lado as relações de rivalidade e inveja e marchando juntas no rumo da conquista anunciada.
Se isso vier realmente a acontecer, o governador Tarso Genro baterá a justa fama do ex-governador Alceu Collares de ter certa vez equiparado os delegados de polícia aos procuradores, o que depois foi sombriamente desfeito.
Tarso Genro pode virar ídolo dos delegados de polícia e dos oficiais da BM.
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